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sábado, 15 de abril de 2017

10 Citações de Felizmente Há Luar!

Como referi no post em que resenhei o livro Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro, há muitas citações maravilhosas nestas modestas 140 páginas, e este post é dedicado inteiramente a elas.
Seguido da citação, coloquei o número da página onde esta pode ser encontrada, mas dependendo da edição do livro, a página pode variar um pouco.
Sem mais demoras, aqui estão elas:


“Só acredito em duas coisas: no dinheiro e na força” (página 25);

➡ “Os degraus da vida são logo esquecidos por quem sobe a escada… Pobre de quem lembre ao poderoso a sua origem… Do alto do poder, tudo o que ficou para trás é vago e nebuloso.” (páginas 31 e 32);

➡ “(…) a sabedoria é tão perigosa como a ignorância!” (página 36);

➡ “Não sou, e nunca serei, popular. Quem o for, é meu inimigo pessoal.” (página 70);

➡ “Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?” (página 83);

➡ “Todos somos chamados, pelo menos uma vez, a desempenhar um papel que nos supera. É nesse momento que justificamos o resto da vida, perdida no desempenho de pequenos papéis indignos do que somos.” (página 89);

➡ “São tantas as portas que se nos fecham, que acabamos por ter medo das que se abrem à nossa frente…” (página 122);

➡ “Só é digno de ser amigo de alguém quem de si próprio é amigo, Matilde, e eu odeio-me com toda a força que me resta.” (página 136);

➡ “Quando os justos estão presos, só os injustos podem ficar fora das cadeias” (página 137);

➡ “Há homens que obrigam todos os outros homens a reverem-se por dentro…” (página 137).


O post é pequenino, mas achei que iriam gostar de conhecer estas citações. Espero que elas vos façam refletir e, quem sabe, despertar o interesse por este livro!

Beijinhos e boas leituras!


Lia ❤

sexta-feira, 31 de março de 2017

Felizmente Há Luar! de Luís de Sttau Monteiro


Classificação: ⭐⭐⭐⭐

Um dos livros de leitura obrigatória para o 12º ano, aqui em Portugal (apesar de no próximo ano o programa de Português do 12º mudar e substituírem este livro por outro), é Felizmente Há Luar!, do escritor e dramaturgo Luís de Sttau Monteiro.

O livro, escrito de forma a ser representado em palco, relata um episódio da história de Portugal, para ser mais exata, o clima de opressão, injustiça e desigualdade entre as classes sociais, que se vivia em 1817, após das Invasões Francesas e a retirada do Rei e da sua comitiva para o Brasil.

Utilizando personagens que existiram realmente e outras que são ficcionais, mas que representam, de uma forma geral, alguns membros da população da altura.

A história gira em torno do General Gomes Freire de Andrade (que existiu realmente), apesar de este não aparecer na peça, é constantemente referido pelas personagens que entram em cena. Algumas delas (as classes mais pobres) encontram em Gomes Freire de Andrade a esperança da liberdade e da justiça tão ambicionada, outras, pelo contrário, vêem uma ameaça ao poder.

O livro encontra-se dividido em dois atos, mas a separação das cenas não está explícita, podendo ser reconhecida pelo leitor, se este estiver atento às didascálias sobre a mudança do foco da luz, entrada ou saída das personagens. Durante o primeiro ato as classes que tem o poder, vêem-no ameaçado e procuram averiguar um possível “culpado”, que lhes possa eventualmente roubar o poder e criar a desordem na sociedade de monarquia absoluta que se vivia na altura. No final do primeiro ato, este “culpado” (que não tem culpa, mas constitui uma ameaça), é encontrado e preso, durante o segundo ato, acontece o seu julgamento, mas não sem antes, acompanharmos a luta de quem faz de tudo para o ver livre e que daria a sua vida para o libertar (Isto pode estar um pouco confuso, mas não quero dar spoilers a quem quer ler o livro, por isso, não estou a dizer os nomes).

Apesar deste livro se passar no ano de 1817, tem o objetivo de fazer o público refletir e comparar o tempo da história com o seu tempo atual, uma vez que o livro foi escrito em 1961, o tempo que se vivia em Portugal era o regime Salazarista, que tinha bastantes semelhanças com o tempo da história do livro. Usando este truque, o autor consegue criticar o regime Salazarista, dando a conhecer outro tempo da história de Portugal, mas infelizmente, esta peça não foi autorizada pelo Estado Novo a ser representada em Portugal.

Geralmente, quando tenho de ler um livro por causa da escola, acabo por não gostar muito, na maior parte dos casos é por não estar habituada aquele tipo de linguagem na literatura, ou pela história em si que não me consegue cativar. Neste caso, a linguagem era um pouco formal de mais, para o meu gosto, mas estava a gostar até meio do primeiro ato, depois comecei a não gostar nada, estava confusa com as personagens e a leitura não estava a fluir bem. A partir do segundo ato, melhorou bastante e a leitura começou a fluir muito melhor.

Um dos pontos mais positivos deste livro é, sem dúvida, as várias citações de que gostei bastante! Estou a pensar, inclusive, em fazer um pequeno post, só com as citações deste livro. As metáforas que encontramos ao longo do livro, assim como o sarcasmo das personagens, é fabuloso!

O final do livro é comovente, não cheguei a chorar, porque não choro facilmente com os livros e pelo facto deste livro ter apenas 140 páginas, não me apeguei assim tanto aos personagens, mas se assistisse a ele, como representação teatral, era possível que deixasse cair uma ou duas lágrimas!

É um livro pequeno e rápido de ler, por ser escrito com a finalidade de ser representado em palco. A linguagem pode ser um pouco complicada para pessoas que não estão habituadas a uma linguagem mais formal, ou que não entendem o que se quer dizer por de trás de uma metáfora ou de uma fala cheia de sarcasmo, mas ainda assim, acho que vale muito a pena dar uma oportunidade a este livro!

 
Beijinhos e boas leituras!

 
Lia ❤
 
 

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