Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐
Sabem aquela altura em que leem um livro tão bom, mas tão
bom que quando vão para escrever a crítica para o blog, não fazem ideia por
onde começar? Pois bem, estou exatamente nessa situação.
Desde o primeiro dia em que vi o livro “diz-lhe que não” na
lista de pré-lançamentos da wook (sim, costumo frequentar bastante esta secção), que me despertou a atenção e me fez clicar no ícone da capa para ler
a sinopse. Talvez me tenha chamado à atenção pelo facto de a capa ser da minha
cor preferida, ou pelo tipo de letra que escolheram para o título ser
fantástico, porém não foi só a capa que me fez comprar o livro, mas também a
sinopse dele.
Não tenho o hábito de colocar as sinopses nas resenhas, mas
não há regra sem exceção, e acho mesmo que esta sinopse vale mesmo a pena ler:
[ SINOPSE
«Conheço muitas
mulheres que escolhem ficar em relações de merda porque é muito mais fácil
viver assim do que enfrentar o mundo sozinhas. Do que terem de continuar a
procurar. Talvez essas relações só sejam de merda aos meus olhos. Talvez, para
elas, sejam exactamente aquilo que procuram. Mas eu não nasci para isso. Nasci
para amar (e ser amada) profundamente. Vou continuar a procurar, mesmo que
continue a cair de cabeça no chão. Vou sempre dizer sim ao amor. Às borboletas
no estômago. Às pernas a tremer. Quero viver todas as sensações que o amor me
puder oferecer.
E nunca, nunca, nunca me vou contentar com menos do que isso. Neste livro cada Capítulo corresponde a uma história. Poderia dizer-vos que são ficcionais, mas não são. Se são 100% reais? Também não. Porque, por vezes, fantasiar um pouquinho aquilo que vivemos torna-nos mais felizes.»
E nunca, nunca, nunca me vou contentar com menos do que isso. Neste livro cada Capítulo corresponde a uma história. Poderia dizer-vos que são ficcionais, mas não são. Se são 100% reais? Também não. Porque, por vezes, fantasiar um pouquinho aquilo que vivemos torna-nos mais felizes.»
Helena acredita
no amor, apesar das relações fast-food que muitas vezes sente na pele.
Enquanto homens como o Sem Cojones, o Flash, o Velho, o Poeta ou o Telecomunicações vão passando pela sua vida sem deixar nada para contar a não ser histórias caricatas e, por vezes, inverosímeis, Helena continua à procura sem se deixar cair na tentação de se acomodar. Ao seu lado as suas amigas Beatriz, Olívia e Laura também vivem relações marcadas pela traição ou pelo abandono, mas sempre com a ideia de que um dia o «Mr. Right» vai aparecer. A jornalista Helena Magalhães, num registo irónico e actual, apresenta-nos um livro que nos faz reflectir sobre as relações amorosas nos dias de hoje em que as redes sociais marcam o ritmo e as juras de amor são feitas por Whatsapp, os «amo-te» vêm em forma de fotografia pelo Instagram ou que os ex-namorados e as ex-namoradas dos ex-namorados convivem alegremente no Facebook, assistindo à nossa vida como se de uma novela se tratasse.
Porque o amor é mais do que isto e há que dizer «não» até que a vida nos dê a entender que chegou o momento de dizer «sim». Um «sim» apaixonado, confiante e absoluto. ]
Enquanto homens como o Sem Cojones, o Flash, o Velho, o Poeta ou o Telecomunicações vão passando pela sua vida sem deixar nada para contar a não ser histórias caricatas e, por vezes, inverosímeis, Helena continua à procura sem se deixar cair na tentação de se acomodar. Ao seu lado as suas amigas Beatriz, Olívia e Laura também vivem relações marcadas pela traição ou pelo abandono, mas sempre com a ideia de que um dia o «Mr. Right» vai aparecer. A jornalista Helena Magalhães, num registo irónico e actual, apresenta-nos um livro que nos faz reflectir sobre as relações amorosas nos dias de hoje em que as redes sociais marcam o ritmo e as juras de amor são feitas por Whatsapp, os «amo-te» vêm em forma de fotografia pelo Instagram ou que os ex-namorados e as ex-namoradas dos ex-namorados convivem alegremente no Facebook, assistindo à nossa vida como se de uma novela se tratasse.
Porque o amor é mais do que isto e há que dizer «não» até que a vida nos dê a entender que chegou o momento de dizer «sim». Um «sim» apaixonado, confiante e absoluto. ]
Um livro escrito pela dona do blog The Styland (http://www.thestyland.com/),
que também é jornalista e defensora de que o amor não é isto que conhecemos,
mas sim “outra coisa”. Helena Magalhães acaba por ser uma grande influência
para muitas mulheres do século XXI.
Acho que já deu para perceber que não estamos perante um
romance “sessão de sábado à tarde”, mas sim perante um livro de “empowerment emocional, uma história de e
sobre amor”, classificado pelas livrarias como um livro de crónicas.
Ao longo do livro, a Helena, juntamente com as suas amigas,
vão passando e vivenciando várias experiências românticas, umas correm melhor
do que as outras, mas todas elas trazem consigo algum ensinamento. Percebi que aquilo
que eu já passei não aconteceu só comigo, que não fui a única a agir ou a me
sentir de tal maneira, aprendi a ver o amor e as relações de uma maneira
diferente e aprendi tanto, mas tanto com este livro, que irei guardá-lo sempre
com muito amor e carinho e irei reler vezes sem conta, cada um dos ensinamentos que eu marquei
com post-it. Além disso, estou a passar por uma fase menos boa, no que diz
respeito ao amor e tenho a certeza que, de certa forma, este livro ajudou-me
bastante a superar as coisas (que ainda não foram superadas, mas que um dia serão), a pegar nos cacos do meu coração partido, tentar
colá-los e seguir em frente.
As metáforas que a escritora utiliza, são brilhantes, e
funcionam perfeitamente para passar a mensagem desejada. Aliás, funcionam
melhor do que provavelmente funcionaria se dissesse diretamente aquilo que quer
dizer.
A forma como os homens aparecem no livro, quase sempre sem
um nome próprio, como é o caso do Sem
Cojones, o Flash, o Velho, o Poeta, o Telecomunicações,
entre outros, dá a sensação de que eles não representam apenas uma pessoa, em
vez disso representam várias pessoas que são assim, que tem os mesmos defeitos
que eles tem. E acho que isto foi intencional, porque ao dar um nome ao
personagem, estamos a individualizá-lo e calculo que não seja essa a intenção
da autora.
E para juntar a todos estes pontos positivos, este livro é
dotado de uma narrativa que é capaz de prender o leitor desde a primeira
página. Tem uma linguagem clara, corrente e com alguns palavrões pelo meio (mas
aviso já que são poucos e ditos no momento certo, creio que como que uma forma
de desabafo) e que flui muito bem. No final fica aquele gostinho de “quero
mais!”, mas que nos deixa de coração cheio.
Este livro não podia ter vindo em melhor altura e só tenho a
agradecer a esta pessoa maravilhosa, a Helena Magalhães por o ter escrito e por
me ter ensinado que o amor é outra coisa.
Beijinhos e boas leituras!
Obrigada por esta review tão linda! Fiquei em lágrimas :)
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