Classificação: ⭐⭐⭐⭐
Finalizei recentemente a leitura do livro “A Mulher do
Camarote 10” de Ruth Ware e não poderia deixar de compartilhar convosco a minha
opinião sobre ele. Quero apenas dizer que, caso não tenham visto os últimos
posts, este livro foi-me gentilmente oferecido pela editora Clube do Autor juntamente
com outros livros maravilhosos! (Se quiserem saber mais sobre a editora e sobre
todos os livros que eles me enviaram, falei deles no post deste link: http://euliaeleio.blogspot.pt/2017/08/livros-recebidos-da-editora-clube-do.html).
(Lembrando que a minha opinião é sempre sincera sobre aquilo
que leio, independentemente de o livro me ter sido cedido por alguma editora ou
autor.)
O livro conta a história de uma jornalista, a Laura
Blacklock, ou simplesmente Lo, que pretende subir na carreira e para isso
aceita o convite de participar na viagem inaugural de um cruzeiro de luxo, o
Aurora Borealis, onde só participariam pessoas influentes dos media e o próprio
dono do cruzeiro e a sua mulher. Tudo certo até aqui... mas o que a Lo não contava experienciar era um crime no camarote
ao lado do seu.
O mais estranho é que, ao denunciar o que viu às entidades
responsáveis no cruzeiro, é informada de que não falta nenhum membro da
tripulação, nem dos convidados e ninguém pode ter entrado nem saído de um barco
em movimento. Sendo assim, como a Lo consegue arranjar uma explicação para
aquilo que viu e ouviu? Terá sido apenas fruto da sua imaginação? Ou terá
realmente acontecido um crime abordo de um cruzeiro de luxo sem que ninguém
tenha reparado nisso?
Este é o pano de fundo para o policial de Ruth Ware lançado
pela editora Clube do Autor no mês passado.
A história é narrada em primeira pessoa pela Lo, porém
aparecem uma espécie de “recortes de jornal” e conversas de e-mail entre outras
coisas que não são do conhecimento da Laura Blacklock, mas que dão um ar muito
mais tenso à história, porque são revelações que nos prendem completamente à
leitura.
Confesso que no início a leitura é um bocado monótona e não
acontece muita coisa surpreendente. Quando acontece de facto o crime a bordo o
leitor não fica surpreso porque já sabia que tal iria acontecer assim que leu a
sinopse (ou viu este meu post) e isso acaba por cortar um bocado o suspense que
se podia ter sentido, todavia, após o crime e a pequena investigação por conta
da Lo, acabam por acontecer várias reviravoltas umas a seguir às outras que
prendem inevitavelmente o leitor, na tentativa de ele próprio tentar solucionar o caso.
A leitura é fluida, divertida em algumas partes (de forma a
cortar o ambiente tenso), e de cortar a respiração em outras. O enredo é surpreendente (pelo menos foi assim para mim), como
se pede de um policial, e as personagens são igualmente bem construídas.
Não é de um género que eu leia muito, pois de policiais este
é apenas a minha segunda leitura, mas ainda assim foi uma leitura muito agradável
de se fazer e que gostei bastante.
Indico para quem gosta de policiais e também para quem não
lê muitos livros do género, mas pretende sair da zona de conforto lendo um
policial.
Beijinhos e boas leituras!
Lia ❤
Uma leitura realizada com o apoio: