Quem acompanha o blog viu que o último post que saiu foi
sobre a editora “Clube do Autor” e sobre os livros que eles me enviaram (quem
não sabe do que eu estou a falar, está aqui o link do post para perceberem
melhor ao que me estou a referir: http://euliaeleio.blogspot.pt/2017/08/livros-recebidos-da-editora-clube-do.html) E hoje trago-vos a minha opinião sobre um desses livros: A Ilha das Quatro Estações.
O livro conta a história de quatro jovens: a Cat, o Santi
(ou Tiago), o Misha e a Rute. Todos eles estão em sofrimento por alguma coisa do passado
quando chegam à Ilha das Quatro Estações, onde irão passar quatro meses das
suas férias de verão. Esta Ilha encontra-se dividida em quatro partes e em cada
uma delas vive-se uma estação do ano. Estes jovens e o resto do grupo de
inscritos irão passar um mês em cada uma das partes da ilha. (Ficou confusa a
explicação?)
Esta ilha serve como uma terapia. Longe do resto das pessoas
e das tecnologias, estes jovens dispõe de tempo para se encontrarem a si
mesmos, para recuperarem autonomamente, mas também para fazerem boas amizades, o que
contribuirá para a recuperação de cada um.
O livro é narrado em primeira pessoa, pelos pontos de vista da Cat e do Santi e adoro quando os autores fazem isso, porque nos dá um segundo ponto de vista dos acontecimentos, não deixando de parte a narração em primeira pessoa.
O livro é narrado em primeira pessoa, pelos pontos de vista da Cat e do Santi e adoro quando os autores fazem isso, porque nos dá um segundo ponto de vista dos acontecimentos, não deixando de parte a narração em primeira pessoa.
Pela linguagem clara (tanto da parte narrada como dos
diálogos), fluida e extremamente rápida de ler é um livro juvenil, porém fala
de alguns temas que são tipicamente abordados no género YA (temas esses que são
spoiler se disser quais são). Os capítulos são curtos, o que é maravilhoso e só ajuda na fluidez da narrativa.
Este livro fala-nos de culpa, de saber perdoar, de nunca
desistir de ser feliz e de lutar para conseguir aquilo que se quer. Ao longo do
livro vemos várias lições de vida e cada uma delas acaba por marcar também um pouco a
nossa vida.
Existem partes cómicas, piadas internas e muita cumplicidade
e ajuda entre os personagens. Notei que a autora estava sempre a criar conteúdo
para que a estadia dos jovens na ilha não se tornasse demasiado monótona para o
leitor e, uma vez que eles não tinham telemóveis, tablets e computadores, não
tinham grandes fontes de informações do exterior, pelo que deve ter sido mais
difícil.
Achei apenas que existiram algumas partes um pouco
insuscetíveis de acontecerem realmente, e que acabaram por soar a algo forçado.
Talvez por ser um livro juvenil, eu achei que algumas partes foram óbvias
demais para um leitor um pouco mais atento aos detalhes, como costuma ser o meu
caso, mas considero que são pistas que poderiam muito bem passar despercebidas
a um leitor mais novo.
Em suma, gostei da leitura e recomendo-a a jovens que gostem
de livros com alguma aventura, romance, mas que também aborde temas mais sérios
e reflexivos.
Beijinhos e boas leituras!
Lia ❤
Sem comentários:
Enviar um comentário